29 de janeiro de 2011

Quando Suspeitar de Hipertensão Secundária?

Quando suspeitar de hipertensão secundária?
Em cerca de 90% dos hipertensos a causa não pode ser especificada e, por isso, é chamada de hipertensão primária. Em 10% dos hipertensos a causa está relacionada a um só fator que, muitas vezes, pode ser removido e a hipertensão curada. São as chamadas hipertensões secundárias a fatores hormonais, renais, circulatórios, ventilatórios etc. Os rins podem determinar uma hipertensão por glomerulonefrites (inflamações), múltiplos cistos que dificultam a filtração, estenoses (entupimentos) nas artérias renais, infecções repetidas por refluxo urinário e a própria insuficiência renal. Glândulas, como a supra-renal ou adrenal, podem ter doenças que elevam a pressão: o aldosteronismo (excesso de produção de aldosterona), o feocromocitoma (excesso de catecolaminas), síndrome de Cushing (aumento de cortisol), entre outras disfunções. Alterações da função da tireoide também podem alterar a pressão. Tumores endócrinos podem produzir doenças como a acromegalia, Cushing central ou ectópico que cursam com elevação pressórica. Alterações circulatórias, como a coarctação da aorta e vasculites, assim como distúrbios respiratórios (apneia do sono), são também causas de hipertensão. Alguns medicamentos, o abuso do álcool e uso de drogas ilícitas podem levar à hipertensão.
Indícios que alertam para uma causa secundária são: hipertensão resistente e de difícil controle, hipertensão em crianças e jovens, hipertensão de aparecimento tardio (após os 60 anos), alterações metabólicas (potássio, hormônios, má função renal etc.), aparecimento de sinais externos de doenças das glândulas (obesidade, manchas, estrias, pelos, cãibras, crises de taquicardia associadas à hipertensão etc.), roncos e apneias no sono, além de sinais detectados ao exame médico (ausência de pulsos nas extremidades, massas palpáveis etc.). Em muitos desses casos, há a necessidade de uma avaliação médica especializada .

Nenhum comentário:

Postar um comentário