26 de junho de 2012

Cetoacidose Diabética

A cetoacidose diabética é uma das complicações agudas mais graves do diabetes. Acontece em diabéticos do tipo 1 e muito raramente no tipo 2. Se não tratada, leva os pacientes a óbito em 100% dos casos, porém, se tratada corretamente, menos de 5% dos acometidos terão esse desfecho triste.

POR ISSO É MUITO IMPORTANTE O CONHECIMENTO DESSA CONDIÇÃO POR TODOS OS DIABÉTICOS E PELOS SEUS CUIDADORES.

Como já sabemos, a insulina é fundamental para a sobrevivência do organismo, pois é ela que coloca a glicose (energia) para dentro de quase todas as nossas células.

Quando a insulina está em extrema falta na corrente sanguínea (como no caso dos diabéticos tipo 1 que não tomaram insulina, ou que ainda não sabem que são diabéticos) a glicose não consegue 'entrar' nas células e fornecer energia. Infelizmente, nosso organismo não entende que está faltando insulina e para não ficar sem energia lança mão de outras maneiras de produzir glicose e outros compostos também energéticos.

É assim que os hormônios cortisol, adrenalina e glucagon entram em ação e promovem a formação de mais glicose pelo fígado através da utilização do tecido adiposo (gordura). Nesse processo de quebra da gordura são produzidos alguns compostos chamados corpos cetônicos que também fornecem energia, juntamente com os ácidos B- hidroxibutírico e o ácido acetoacético. Esses dois últimos acidificam o sangue e é isso que traz enorme risco a vida.

Nessa condição o paciente vai apresentar uma glicemia muito alta podendo alcançar até 600mg/dL. Os sintomas iniciais são poliúria (urinar demais), muita sede e fome. Posteriormente o paciente irá evoluir com desidratação, ritmo cardíaco acelerado (sensação de 'batedeira'), pressão baixa, náuseas, vômitos, dor na barriga, fraqueza, confusão mental e o famoso hálito cetônico que é justamente o cheiro de cetonas proveniente desses ácidos que estão aumentados no sangue.

O tratamento é feito com reposição de líquidos através do soro fisiológico, insulina na dose correta e potássio que se encontra diminuído no sangue devido à grande quantidade de urina eliminada. A falta de potássio pode levar a sérias arritmias cardíacas que geralmente levam ao óbito. Por isso é muito importante que o tratamento seja realizado pela equipe médica o mais rápido possível.

9 de maio de 2012

16 de abril de 2012

Alimentos que viciam

Algumas pessoas se queixam que não conseguem ficar sem consumir alguns alimentos e por este motivo não emagrecem. Na verdade os alimentos que causam mais prazer e trazem mais energia são os que mais viciam e engordam. Um deles é o chocolate, por ter feniletilamina e teobromina causa euforia, aumenta a freqüência cardíaca e a pessoa fica viciada nestes sintomas.
O maior problema é a glicose, por ser o mais importante carboidrato da dieta absorvido pala corrente sanguínea e o principal combustível para a fabricação de energia. Toda energia proveniente da oxidação dos carboidratos disponíveis no sangue é usada para as todas as funções do organismo. Algumas vezes ela pode ser convertida a outros carboidratos que desempenham funções semelhantes como o glicogênio para ser armazenada no fígado, neste caso ela será usada quando não tiver glicose disponível circulante. É uma verdadeira dispensa de glicose para quem faz atividade física! Outra forma de armazenamento é o triacliglicerol ( também conhecido como gordura), que são ésteres de do álcool glicerol e ácidos graxos.

O nome álcool diz tudo. Quem come muito alimento rico em açúcar acaba ficando viciado na euforia que ele dá no início e em seguida tem uma queda de energia. É semelhante ao que ocorre quando a pessoa bebe uma bebida com álcool. Eu costumo dizer que a melhor maneira de se livrar do vício dos alimentos que contenham açúcar ou carboidrato simples, como farinha de trigo refinada (que é quase a mesma coisa) é se controlar e ficar sem consumir um bom tempo. Se o alcoólatra para parar de beber tem que parar com o álcool, o glicólatra tem que fazer o mesmo! Não adianta tentar substituir por barrinhas de cereais diet, balas e chicletes diet, porque esses “falsos doces” deixam o cérebro viciados no sabor. O melhor mesmo é comer direito e alimentos que não contenham tantos carboidratos de absorção rápida!

15 de abril de 2012

Semente de Linhaça. Boa para tudo!

Também conhecida como semente do linho, a linhaça, há muitos anos tinha vários usos, inclusive para fabricar tintas, mas depois que ganhou fama de alimento saudável as pessoas passaram a consumir a sua semente diariamente.
A semente de linhaça é uma das maiores fontes de um um composto chamado lignana. Este composto é considerado um fitohormonio, atua nos mesmos locais que o estrogenio, bloqueando seus efeitos proliferativos. Este é o motivo pelo qual as mulheres que costumam comer regularmente semente de linhaça, não têm queixas de tensão pre menstrual.
No seu interior ela guarda um óleo muito rico em gordura polinsaturada, da série omega-3, que limita no nosso organismo a produção de substâncias químicas chamadas prostaglandinas pró inflamatórias, responsáveis pela inflamação. Este é um óleo essencial que nosso organismo não consegue produzir. Esses óleos ajudam a regular a circulação sanguínea, o sistema imunológico, as conexões entre os neuronios e tem propriedades antiinflamatória e antiaterogenica.
Os oftalmologista atualmente estão usando o óleo de linhaça para tratar olho seco e para prevenir doenças da retina. Além de vitaminas lipossolúveis, como a vitamina E, ela também é fonte de fitoesteróis. Por terem uma estrutura muito semelhante ao colesterol eles impedem que o colesterol seja absorvido no intestino o que aumenta a sua excreção pelas fezes. Além disso a semente é rica em fibras, que melhoram o funcionamento do intestino e ajuda a equilibrar os níveis de açúcar e colesterol no sangue .
A linhaça pode ser marrom ou dourada, as condições de cultivo e clima é que alteram a sua coloração. No Brasil e na região do Mediterrâneo encontramos mais facilmente a marrom, que tem a casca mais rígida e um sabor mais amargo. Quando triturada pode ser usada em sucos, em frutas, adicionadas a sopas, pures, saladas, farofa, o que a imaginação permitir. O mais importante é aproveitar os seus benefícios e passar a consumir pelo menos 2 colheres de sopas todos os dias.


A Genética do Diabetes

A Genética do Diabetes

Provavelmente você desejou saber como adquiriu diabetes. Você pode estar preocupada se seus filhos também terão. Ao contrário de algumas características, o diabetes não parece ser herdado em um padrão simples. Contudo, claramente algumas pessoas já nascem com predisposição para desenvolver a doença.

O que leva a ter diabetes?

As causas para o diabetes tipo 1 e tipo 2 são diferentes. Ainda assim, dois fatores são importantes em ambos. Primeiro, você deve ter herdado uma predisposição para a doença. Segundo, alguma coisa no seu meio ambiente deve ter ativado o diabetes. Somente os genes não são suficientes. Uma prova disto são irmãos gêmeos idênticos. Irmãos gêmeos idênticos têm genes idênticos. Contudo, quando um gêmeo tem diabetes tipo 1, o outro adquire a doença quase na metade das vezes. Quando um gêmeo tem diabetes tipo 2, o risco do outro é na maioria das vezes de 3 em 4.

Diabetes Tipo 1

Na maioria dos casos de diabetes tipo 1, as pessoas precisam herdar os fatores de risco dos pais. Nós entendemos que estes fatores são mais comuns entre os brancos porque estes têm a maior taxa de diabetes tipo 1. Como a maioria das pessoas em risco de adquirir diabetes não têm a doença, pesquisadores querem descobrir qual a influência do meio ambiente para o aparecimento da mesma.

O diabetes tipo 1 desenvolve com mais freqüência no inverno e é mais comum em lugares de clima frio. Outro fator, responsável pelo para desencadear o diabetes pode ser um vírus. Talvez um vírus, de efeitos moderados na maioria das pessoas, pode ativar o diabetes tipo 1 em outras.

Uma dieta logo no início do nascimento pode ter uma participação. O diabetes tipo 1 é menos comum em pessoas que foram amamentadas e naquelas que se alimentaram de alimentos sólidos mais tarde.

Em muitas pessoas, o desenvolvimento do diabetes tipo 1 parece demorar muitos anos. Em experimentos que seguiram parentes de diabéticos tipo 1, pesquisadores descobriram que a maioria daqueles que tiveram diabete em idade mais avançada, tinham certamente auto-anticorpos no sangue por muitos anos antes. (Auto -Anticorpos são anticorpos “que deram errados”, os quais atacam os próprios tecidos do corpo).

Diabetes Tipo 2

O diabetes tipo 2 tem bases genéticas mais fortes que o diabetes tipo 1, mas ainda assim depende mais de fatores ambientais. Parece confuso? O que acontece é que o histórico familiar de diabetes tipo 2 é um dos fatores de risco mais forte para se adquirir a doença.

Americanos e Europeus comem muita comida com gordura e com pouquíssimo carboidrato e fibra, e praticam poucos exercícios. O diabetes tipo 2 é comum em pessoas com esses hábitos. Nos Estados Unidos, os grupos étnicos com maior risco de adquirir a doença são os Afros Americanos, Mexicanos Americanos, e os Índios.

Outro fator de risco para adquirir diabetes tipo 2 é a obesidade. A obesidade é mais arriscada para os jovens e para pessoas que têm sido obesas por um longo tempo.

O diabetes gestacional é mais um quebra-cabeça. Mulheres que adquirem diabetes durante a gravidez têm provavelmente um histórico familiar de diabetes, especialmente pelo lado materno. Mas como em outras formas de diabetes, fatores não genéticos têm certa influência. Mães de idade mais avançada e mulheres acima do peso têm mais propensão a adquirir diabetes gestacional.

Diabetes Tipo 1: o risco do seu filho

Em geral, se você é um homem com diabetes tipo 1, o risco de seu filho adquirir diabetes é de 1 em 17. Se você é uma mulher com diabetes tipo 1 e seu filho nasceu antes de você ter 25 anos, o risco dele adquirir diabetes é 1 em 25; se seu filho nasceu depois que você completou 25, o risco dele é de 1 em 100.

O risco de seu filho é dobrado se você desenvolveu diabetes antes dos 11 anos. Se você e seu marido têm diabetes tipo 1, o risco fica entre 1 em 10 e 1 em 4.

Existe um teste que pode ser feito para crianças que têm irmãos com diabetes tipo 1. Este teste mede os anticorpos para insulina, para ilhotas de células no pâncreas, ou para uma enzima chamada

Ácido glutâmico descarboxilase. Altos níveis podem indicar que uma criança tem altos riscos de desenvolver diabetes tipo 1.

Diabetes Tipo 2: o risco de seu filho

Diabetes tipo 2 ocorre nas famílias. Em parte, essa tendência se deve porque as crianças aprendem maus hábitos de seus pais, por exemplo, comer mal, e não se exercitar. Então há também uma base genética.

Em geral, se você tem diabetes tipo 2, o risco de seu filho adquirir diabetes é 1 em 7, se você foi diagnosticada antes dos 50 anos, e 1 em 13 se você foi diagnosticada depois dos 50.

Alguns cientistas acreditam que o risco de uma criança adquirir diabetes é maior quando é a mãe que tem diabetes tipo 2. Se ambos, você e seu companheiro têm diabetes tipo 2, o risco de seu filho é cerca de 1 em 2.

O que é “Em Risco?”

Estimativas de risco são as melhores suposições dos cientistas. Eles podem estar errados. As estimativas de risco lidam com probabilidades, não lidam com certezas.

Isso significa, que você pode adquirir a doença apesar de ter um risco baixo ou você pode não adquirir a doença apesar de ter um alto risco. Por exemplo, fumantes têm um alto risco de câncer no pulmão, mas alguns fumantes nunca têm câncer.

Esses fatores significam que seus filhos podem ter diabetes ainda que o risco deles adquirirem a doença seja baixo. A média entre americanos com chance de adquirir diabetes tipo 1 é de 1 em 100 e 1 em 9 de adquirir diabetes tipo 2. Mesmo que o risco de seu filho adquirir diabetes não seja maior que de outra criança, ele ou ela poderá assim mesmo adquirir a doença.

Fonte: American Diabetes Association (ADA)

Maracujá, o calmante brasileiro

Maracujá, o calmante brasileiro
Quem não conhece alguma pessoa que usa medicamentos para ansiedade, para dormir ou para depressão? É raro encontrar pessoas que não fazem uso de alguns desses medicamentos. Antigamente a solução para esses males, era caseira e o maracujá era o remédio mais indicado.
O maracujá é um fruto perene, fácil de plantar e de safra praticamente ininterrupta no nordeste e nas regiões mais quentes. Na região sul, a época de maior oferta vai de fevereiro a maio e nada melhor do que aproveitar este momento para saborear esta deliciosa fruta brasileira.
Quando os espanhóis exploravam a America do Sul, eles descobriram que os índios usavam a folha do maracujazeiro como sedativo. O nome maracujá (maracuya) é indígena e quer dizer “alimento na cuia”, mas logo foi batizada de “passionfruit”, “fruto da paixão,” pelos missionários católicos, porque as flores eram semelhantes a símbolos religiosos.
O sulco da polpa gelatinosa, tão apreciado para preparar sucos, é uma boa fonte de vitamina A e C, fósforo, cálcio e potássio e toda mãe sabe que ele é também um excelente calmante. Nada melhor do que um copo de suco de maracujá para fazer uma criança hiperativa dormir como um anjo. O responsável por este efeito tranqüilizante, cientificamente comprovado, é a passiflorina encontrada nas folhas e na polpa, que tem ação semelhante aos benzodiazepínicos usados para induzir o sono e controlar a ansiedade. Ela tem um efeito sedativo sobre o sistema nervoso central, diminui a pressão arterial e é também um diurético leve. Como a casca é grossa a polpa fica bem protegida dos agrotóxicos, o que rende bons sucos, sorvetes, doces, musses, geléias, molhos, caipirinhas e tudo o que a imaginação permitir.
A semente também é um vermífugo natural e pode ser ingerida com suco da polpa triturada com água no liquidificador. Ela não deve ser consumida por pessoas que tenham doença diverticular.
Quem não gostar do suco pode preparar o chá com a folha do maracujá que vai obter o mesmo efeito tranqüilizante. Como todo medicamento, ele deve ser usado com moderação principalmente porque pode abaixar a pressão nas pessoas mais sensíveis.
Aquela parte branca que fica aderida na casca é outro medicamento milagroso para os diabéticos. Sabemos que a suplementação de dieta com fibras solúveis é uma importante medida terapêutica no tratamento de pessoas diabéticas e obesas. Pesquisadores brasileiros demonstraram que a farinha obtida da casca tostada e moída, por ser rica em pectina que se transforma num gel no intestino, é capaz de controlar a glicemia e aumentar a sensação de saciedade.
Como se não bastasse tantas propriedades, a crisina, um antioxidante encontrado no maracujá, ajuda a aumentar os níveis de testosterona, sendo indicada para aumentar a libido em ambos os sexos. Em resumo, essa fruta acalma e incendeia!

Problemas para dormir?

Este é um sintoma frequente principalmente entre as mulheres. A insônia é uma alteração do sono caracterizada por dificuldade de iniciar o sono. As estratégias para "fazer o sono chegar" variam de, desde banho morno, leite morno, ler um livro, ligar a televisão, responder mensagens no computador e a pessoa acaba criando uma rotina noturna e ficando cada vez mais ansiosa.
As causas de insônia são muitas, principalmente o estresse que mantém os níveis de cortisol elevados no sangue e nos impede de relaxar. Entre as mulheres os desequilíbrios hormonais , com ondas de calor frequentes as impede de dormir e interrompe o sono várias vezes durante a noite. De maneira geral, a causa mais comum, está relacionada com o estilo de vida e os hábitos alimentares.
O estresse crônico, como já falei gera ansiedade e um pensamento voltado para resolver o problema, com isso o cérebro não relaxa. O consumo excessivo de pimenta, mostarda, noz moscada, cafeína, refrigerantes, chá preto, chá verde e chocolate também influenciam no padrão do sono porque estes alimentos contém substâncias que aumentam os níveis de catecolaminas no sangue( substâncias estimulantes que nos mantém ativos). Alguns medicamentos também nos ajudam a manter acordados, entre eles os diuréticos, medicamentos para asma, alguns anti hipertensivos e antidepressivos. Por isso temos que ter uma estratégia.
As ervas são bons aliados e eu recomendo beber um chá de camomila ou maracujá no jantar, e esquecer os refrigerantes. Tente não beber nenhuma bebida com cafeína depois das 16 horas, nem chocolate. Evite também deitar com o estômago muito cheio ou com fome. Coma sempre uma salada com bastante alface, nozes ou castanha e azeite. As raízes contêm os minerais que ajudam o nosso corpo a relaxar. Portanto uma batata, ou inhame, ou batata doce, ajudam muito no cardápio noturno. A banana é fonte de triptofano, se gostar de fazer um lanche à noite, coma sempre uma banana assada e coloque uma colher de aveia ou, se tiver problemas com as ondas de calor noturna, pode colocar 1 colher de sopa de soja em pó. Além de melhorar estes sintomas, o sono vai chegar mais rápido e o intestino vai funcionar muito bem no dia seguinte.
Eu também tenho uma receita para os insones: Bata no liquidificador 1 colher sopa de semente de linhaça, 4 amendoas, 1 colher de sopa de semente de abóbora, 1 colher de chá de mel, com leite de soja ou se preferir, com água. Uma hora antes de dormir dê uma amornada nesta mistura e beba. Voce estará aumentando os níveis de serotonina no cérebro e o sono vai chegar mais rápido.
Como podem ver, eu também tenho uma receita!

14 de abril de 2012

Flora intestinal e as doença

Cada dia me convenço mais que as alterações e disturbios da flora intestinal estão associadas com várias doenças fora do trato gastrointestinal. Em doenças como fibromialgia, síndrome da fadiga cronica, alergias, rinite, cistite de repetição, artrite, dermatite e até asma, devemos, além de fazer uma extensiva história clínica, valorizar os hábitos alimentares e prestar mais atenção ao funcionamento do intestino, à digestão e aos sintomas gastrointestinais que estas pessoas apresentam.
Todas as doenças inflamatórias intestinais são profundamente influenciadas por uma flora intestinal desequilibrada, daí a necessidade de manter sempre uma flora saudável no intestino. Excesso de gases, desconforto gástrico, ou sensação de estomago cheio, prisão de ventre ou diarréia de repetição, são sinais que alguma coisa está errada com a flora do intestino. As bactérias comensais probióticas, que habitam um intestino saudável competem com as patogenicas (as que podem trazer doenças), modulam o sistema imune, produzem energia e equilibram a fermentação.
A palavra probiótica é derivada do grego e significa "para a vida". Ela foi usada pela primeira vez em 1965 em oposição ao termo antibiótico. Mais tarde foi definida a preparação probiótica, que deveria ter microrganismos em número suficientes para modificar a flora intestinal alterada. Um probiótico tem que ser de origem humana, não ser patogenico, ser resistente aos ácidos gástricos e biliares, aderir ao epitélio intestinal , ser capaz de colonizar o sistema gastrointestinal, mesmo que seja por um curto período, e trazer benefícios para o organismo. As bactérias probióticas mais comuns são os lactobacilos, as bifidobacterias e os saccharomyces. A suplementação probiótica tem se mostrado eficaz no tratamento de diarréias, inclusive as virais e a do viajante, na prevenção de alguns tipos de câncer, do H. pylori e na melhora dos sintomas da enterocolite necrotizante, e das doenças inflamatórias intestinais, porque ajudam a combater a inflamação e a restabelecer a flora. Nas crianças a suplementação probiótica é útil para prevenir as dermatites atópicas , a seborreica e as otites de repetição porque ajuda a coriigir um dos fatores responsáveis por estas doenças, que é a permeabilidade intestinal.

Nutrição em Câncer

Muitas pessoas me perguntam se tem alguma alimentação ou quais os alimentos mais indicados para quem está fazendo quimioterapia e radioterapia. Para o paciente oncológico sem complicação a via oral é a mais indicada, é a que possibilita um manejo mais fácil tanto no volume quanto na adequação individualizada da dieta. Quem está fazendo tratamento com quimioterápicos ou radioterapia, pode se queixar de mudanças no paladar, inflamações da mucosa da boca (aftas), diminuição da salivação, dor durante a deglutição e algumas pessoas têm dificuldade de deglutir os alimentos, além das já famosas alterações gastrointestinais, náuseas e vômitos. Se levarmos em consideração que nem todos os pacientes apresentam todos esses sintomas vamos ver que a dieta, na maioria das vezes, tem que ser individualizada e em algumas ocasiões temos que buscar alternativas que façam ele se alimentar da maneira mais prazerosa possível.

Em geral o paciente oncológico pode e deve comer todos os alimentos naturais, verduras, legumes, raízes, cereais, grãos e frutas em geral, porque eles são as maiores fontes de fibras, vitaminas, minerais e fitoquímicos, que melhoram o funcionamento do intestino, a absorção de nutrientes e o sistema imune.

Para quem está com o paladar alterado o indicado é uma dieta mais temperada, abusando das ervas, jamais dos temperos industrializados. Uma simples batata ou outra raiz pode se transformar num suflê temperado com orégano ou alecrim e um arroz num delicioso risoto de ervilha ou palmito. O importante é variar a raiz, os grãos e os cereais. A estomatite é mais complicada, porque qualquer alimento ácido que entre em contato com a mucosa tem conseqüências muito dolorosas e aí é que eles se recusam a comer de verdade. Neste caso devemos evitar alimentos excessivamente doces, muito salgados ou ácidos, como extrato de tomate, temperos e molhos industrializados, picantes, chocolate, biscoitos, margarina e tudo que tiver cafeína, como chá, refrigerante e café. Por incrível que pareça os alimentos lácteos são muito ácidos e irritam a mucosa, portanto nada de queijo, leite nem leite condensado. O melhor é comer alimentos de fácil digestão e neutros como chuchu, abóbora, abobrinha, repolho, quiabo, verduras cozidas, purê de cenoura, de inhame, batata baroa, carne moída ou peixe e saladas de folhas. As náuseas e vômitos podem ser contornados com alimentos mais frios e sem gordura. Jamais use margarina na dieta desses pacientes, porque além de serem muito salgadas, são de difícil digestão. Tempere e cozinhe, quando necessário com óleo vegetal ou com azeite de oliva extra-virgem.

O paciente oncológico não gosta muito de escolher o cardápio, portanto não é muito aconselhável fazer aquela pergunta clássica: “o que é que você quer comer hoje?”, porque a resposta será sempre a mesma: “qualquer coisa!” Eu aconselho que as refeições sejam pequenas e freqüentes. Por exemplo: 1 colher de verdura cozida, como brócolis ou espinafre, com carne moída ou peixe grelhado e batatas cozidas com sal, azeite e alecrim. A sobremesa pode ser oferecida 2 horas depois e não é necessário beber sucos, chás nem refrigerantes durante as refeições. É melhor beber somente água e deixar o suco de frutas naturais, jamais industrializado, para mais tarde. Fruta, pudim, doce, sorvete de frutas, iogurte ou outra sobremesa, deve ser oferecida nos intervalos das refeições. Gelatina é outro problema. Todo mundo acha que ela é uma ótima sobremesa para quem está de dieta, mas esquece que o corante pode causar estomatite (aftas). O mesmo ocorre com os sorvetes cremosos e iogurte que além dos corantes têm aromatizantes e acidulantes. Quem quiser comer gelatina vai ter que aprender a preparar uma gelatina caseira, com suco de fruta natural e gelatina sem sabor. A maioria da frutas é bem aceita e com elas pode-se preparar suco, sorvete, doces ou outra sobremesa qualquer. Não existe nenhuma fruta contra indicada e sim as preferidas. Algumas são muito ácidas, e causa muito desconforto, como o abacaxi, kiwi, acerola e maracujá. As melhores frutas são mamão, banana, maçã e pêra, que são deliciosas ao natural ou cozida. Quem tem disfagia, dificuldade de deglutição, deve evitar a dieta líquida, nada de sopa. A dieta mais indicada é a pastosa (amassada com um garfo ou na forma de purê), inclusive os sucos devem ser espessados com gelatina natural ou com outro espessante, pois o engasgo com alimento líquido é mais freqüente. Feijão com arroz pode ser a solução para quase todos os tipos de complicações, além de serem as maiores fontes de fibras, vitaminas e minerais. É uma combinação bem tolerada, e muito nutritiva, assim como sopa bem grossa de ervilha e lentilha.

Para o paciente oncológico não há muita restrição alimentar, o que buscamos é contornar as situações para facilitar a aceitação do alimento, por isso devemos variar os sabores e colorir a dieta a fim de garantir a maior quantidade possível de nutrientes em cada refeição. Nada disso adianta se a pessoa se mantiver isolada durante a refeição. Alimentar-se é mais do que uma necessidade, é um ato de comunhão em torno da mesa. A atenção e o convívio com a família pode resgatar mais depressa o prazer de comer.

Prevenindo a obesidade

Gosto muito de ler os relatórios da Organização Mundial de Saúde (OMS) porque eles me mostram como anda o perfil nutricional das pessoas em todos os países e o risco que elas correm para contrair determinadas doenças. Um dos relatórios alertou para uma epidemia mundial de obesidade no meio deste século. Trabalhos recentes de pesquisadores brasileiros confirmaram que nossos jovens estão bem acima do peso ideal e que daqui a alguns anos seremos um país de obesos e como conseqüência natural, iremos gastar muito mais com a saúde.

Na contramão de todas as estatísticas estão os orientais, que são os que gastam menos com tratamentos de saúde, têm a menor taxa de obesidade e a maior expectativa de vida. A dieta dos orientais é rica em soja, peixes e vegetais. Eles evitam comer pão, biscoitos, queijos, molhos industrializados e gordura animal, tudo o que nós ocidentais adoramos! As porções dos alimentos são menores, servidas em pratos pequenos e cada refeição é um ritual. Eles se alimentam calmamente para não comerem em excesso, enquanto que os brasileiros devoram um prato de cheio de carne em minutos.

Nós perdemos muito tempo diante do fogão. Abusamos das frituras, do arroz, da massa, dos temperos prontos e não sabemos viver sem o queijo. Mal terminamos de comer já estamos pensando na sobremesa, que geralmente é rica em açúcar e gordura hidrogenada. A cozinha oriental é rápida, simples, com alimentos frescos e não processada. Eles fazem somente as três principais refeições e entre elas costumam beber chá em vez de refrigerantes.

Eles têm o saudável hábito de cozinhar no vapor, grelhar ou refogar em fogo baixo. De acordo com a OMS a dieta contém pouca carne, açúcar, gordura hidrogenada, gordura animal e manteiga. Apesar de gostarem de doces, as porções são menores, têm pouco açúcar, não levam creme de leite nem margarina e os doces mais populares são os de feijão, alga, gelatina e farinha de arroz. Se comermos muitos doces e alimentos gordurosos na infância esse hábito irá continuar na idade adulta. Temos muito ainda que aprender com essas civilizações milenares.

Somos um país privilegiado, temos tudo para prevenir uma epidemia de obesidade. Muita fruta, verduras, legumes, nossa costa é enorme, com todos os tipos de animais marinhos. Apesar de termos frutas em abundância a maioria das crianças vai para a escola com um saco de biscoito, sanduíche de queijo, barrinha de cereais, danoninho, achocolatado e raramente levam frutas frescas. Precisamos valorizar nossas frutas, nossos peixes e deixar de lado essa mania de se entupir de frituras e carne vermelha em casa e nas churrascarias. Educar é também ensinar a comer de maneira saudável. Os orientais passam esses ensinamentos de geração para geração e os que migram para outros países e perdem o costume alimentar milenar, geralmente se tornam obesos.

Já está na hora de nos preocuparmos em mudar o estilo de vida e ensinar as crianças a se alimentarem direito, para que não se tornem adultos dependentes de medicamentos para emagrecer. Os países da Europa e os EUA são contrários aos medicamentos inibidores de apetite, porque além de trazerem problemas para a saúde eles causam dependência e evitam que as pessoas adotem hábitos alimentares saudáveis e mudem o estilo de vida. Quem depende destes medicamentos tem um ganho de peso muito maior quando para de consumi-los. A melhor terapia para a obesidade é o exercício físico e a dieta. Precisamos começar agora a prevenir a obesidade na infância! Ainda dá tempo de termos uma geração saudável na metade deste século, basta começar agora a ensinar a comer de maneira saudável em casa, nos colégios e usar os meios de comunicação para alertar sobre os alimentos que curam e os que adoecem as pessoas.

10 de abril de 2012

Quase metade dos brasileiros está acima do peso, indica pesquisa

Estudo divulgado esta quarta (10) pelo Ministério da Saúde indica que o excesso de peso e a obesidade aumentaram no país no período de 2006 a 2011. De acordo com a pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), a proporção de pessoas acima do peso no Brasil passou de 42,7% em 2006 para 48,5% em 2011, enquanto o percentual de obesos subiu de 11,4% para 15,8% no mesmo período.

O aumento da obesidade e do excesso de peso atinge tanto a população masculina quanto a feminina. Em 2006, 47,2% dos homens e 38,5% das mulheres estavam acima do peso, enquanto em 2011 as proporções passaram para 52,6% e 44,7%, respectivamente.

Entre os homens, o problema do excesso de peso começa cedo e atinge 29,4% dos que têm entre 18 e 24 anos. Entre homens de 25 a 34 anos, o índice quase dobra, chegando a 55%. Dos 35 aos 45 anos, o percentual é de 63%.

Dados do ministério indicam que o excesso de peso na população brasileira também está ligado a fatores como idade. O envelhecimento, segundo a pasta, tem forte influência nos indicativos – sobretudo femininos. O estudo aponta que 25,4% das mulheres entre 18 e 24 anos está acima do peso. A proporção aumenta para 39,9% entre mulheres de 25 a 34 anos e chega a 55,9% dos 45 aos 54 anos.

Em relação à obesidade, 6,3% dos homens de 18 a 24 anos se encaixam nessa categoria, contra 17,2% dos homens de 25 a 34 anos. Entre as mulheres, 6,9% das que têm de 18 a 24 anos são obesas. O índice quase dobra entre mulheres de 25 a 34 anos (12,4%) e quase triplica entre 35 e 44 anos (17,1%). Após os 45 anos, a frequência da obesidade se mantém estável, atingindo cerca de um quarto da população feminina.

Foram entrevistados 54 mil adultos em todas as capitais do país e no Distrito Federal entre janeiro e dezembro de 2011. De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, o objetivo é acompanhar os hábitos da população brasileira e subsidiar políticas públicas.

16 de fevereiro de 2012

Álcool X Diabetes

O álcool está em toda parte - quando a família se reúne, em churrascos, após o jogo de futebol, nas festas. O que você vai tomar? Alguém pergunta. Se você tem diabetes, o que diz?

Depende. Faça 3 perguntas básicas a si próprio:

1 - Meu diabetes está sob controle?
2 - Será que meu médico concorda que estou livre de problemas de saúde que podem piorar com o álcool, como dano dos nervos ou pressão alta?
3 - Eu sei como o álcool pode afetar a mim e ao diabetes?

Se você disse “sim” para todas as questões, está OK, em tomar uma dose de bebida ocasional. Mas, o que significa bebida ocasional? A American Diabetes Association recomenda somente 2 doses para os homens e somente 1 dose para as mulheres. Esta recomendação é a mesma para quem não tem diabetes.

Seu Corpo e o Álcool

O álcool age muito rápido no sangue sem ser metabolizado em seu estômago. Em menos de cinco minutos após tomar uma bebida, há álcool suficiente em seu sangue para ser medido. De 30 a 90 minutos após tomar uma bebida, o álcool na corrente sanguínea está no mais alto nível.

O fígado faz o trabalho maior para metabolizar o sangue que está em seu corpo. Mas necessita de tempo. Pode levar aproximadamente 2 horas para metabolizar cerveja ou outra bebida.

Se você bebe mais rápido do que seu fígado consegue metabolizar, o excesso de álcool se movimenta pela corrente sanguínea para outras partes do corpo. As células do cérebro são os alvos mais fáceis.

O Risco de Baixar o Açúcar no Sangue

Se você tem diabetes e toma injeções de insulina e/ou pílulas, você corre o risco de ter hipoglicemia quando tomar alguma bebida alcoólica. Para se proteger nunca tome álcool com o estômago vazio. Planeje beber durante uma das refeições ou após um lanche.

Como o álcool aumenta as chances de ter hipoglicemia? Tem haver com seu fígado.

Normalmente, quando os níveis do açúcar no sangue começam a cair, seu fígado entra em ação. Ele trocará o carboidrato armazenado em glicose. Em seguida ele manda a glicose para o sangue, o que o ajuda a evitar ou tornar mais lenta a reação de queda do açúcar no sangue.

Porém, quando o álcool entra em seu sistema, isto muda. O álcool é uma toxina. Seu corpo reage ao álcool como se fosse veneno. O fígado quer tirá-lo do sangue rapidamente. De fato, o fígado não enviará a glicose novamente até ter dominado o álcool. Se o nível de seu açúcar no sangue estiver caindo rapidamente, você pode acabar com uma quantidade mínima de açúcar no sangue.

Por este motivo que beber mais de 2 doses (homens) e mais que 1 dose (mulheres), com o estômago vazio pode levar a uma hipoglicemia.

Quando você mistura álcool com exercício, você aumenta o risco de hipoglicemia. Isto acontece porque o exercício ajuda a baixar os níveis de açúcar no sangue. Vamos dizer que você jogou tênis, e tomou uma cerveja após o jogo. Mas nas horas que seguem ao final da partida, seu corpo continua trabalhando. Ele está repondo a energia usada pelos músculos. Para isso, ele limpa a glicose do sangue e a acrescenta ao estoque dos músculos. É por isso que o exercício pode ajudar a baixar o nível de açúcar no sangue.

Se você toma insulina ou medicamentos orais, eles também trabalham para remover o açúcar no sangue. A menos que você coma ou o fígado mande glicose para o sangue você terá hipoglicemia. Se você tomar uma cerveja, o álcool impedirá que o fígado envie glicose. Aí as chances de baixar o açúcar são maiores.

A Visão e o Diabetes

Existem cerca de 12 milhões de indivíduos que são portadores de diabetes no Brasil. Desses, metade ignora sua condição, ficando assim mais suscetível a uma série de problemas decorrentes da doença. Dia 14 de novembro foi o Dia Mundial do Diabetes, nada mais oportuno para alertarmos a população para os riscos que os diabéticos correm de complicação na visão e até mesmo de cegueira, caso a doença não seja mantida sob controle. A perda de visão é 25 vezes mais freqüente em quem tem diabetes.

Dados da Sociedade Brasileira de Diabetes apontam que a falta de informação associada à ausência de sintomas pode causar cegueira em 40% dos diabéticos e mais da metade desses casos poderiam ser evitados se os pacientes realizassem regularmente os exames oftalmológicos e mantivessem as taxas de açúcar (glicemia) sob controle. Dificuldade de foco, catarata, glaucoma e danos na retina são as principais complicações oftalmológicas provocadas pelo diabetes mal controlado. A retinopatia diabética, por exemplo, é responsável por 2% dos casos de cegueira no mundo inteiro. O que muita gente não sabe é que essa complicação pode ser prevenida.

 
Para compreender melhor a retinopatia diabética é preciso conhecer mais sobre sua origem. É então, que existe a necessidade de saber o que é diabetes. Quando digerimos alimentos, principalmente os carboidratos, eles se transformam em açúcar – ou melhor, em moléculas de glicose - que vão parar no sangue. É ele quem vai abastecer todas as células do corpo. Mas tem que haver insulina. Vamos imaginar que a insulina é uma chave, que abre a porta das células, deixando a glicose entrar. A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas. Entretanto, esse mecanismo pode falhar. Quando falta insulina, a glicose fica acumulada no sangue e, então, surge o diabetes. O aumento da concentração de açúcar no sangue torna-o mais denso causando muitas complicações, entre elas, os problemas circulatórios.


Essa circulação problemática afeta os vasos sanguíneos de todo o corpo, e também os da retina, a camada de fibras nervosas situada no fundo do olho, que percebe a luz e ajuda a enviá-la até o cérebro. Os pequeninos vasos da retina são lesados. Isto leva, passado algum tempo, aos distúrbios de visão ou, como já dissemos, até à cegueira. A melhor proteção contra a retinopatia diabética é submeter-se a exames periódicos da visão efetuados pelo médico oftalmologista. É particularmente importante detectar a doença em um estágio precoce, pois às vezes, a retinopatia pode estar presente sem nenhum sinal perceptível. Nesses exames, o oftalmologista irá examinar o interior do olho do diabético, usando um instrumento chamado oftalmoscópio. Essa rotina deve fazer parte da vida dos diabéticos pelo menos a cada seis meses.


Em muitos casos não existe a necessidade de tratamento, apenas do acompanhamento periódico do oftalmologista, para registrar se a doença está avançando ou não. Caso o avanço seja constatado, existem tratamentos que podem deter a progressão das lesões e, assim, melhorar a qualidade da visão. Aplicações de laser na retina são indicadas para fortalecer os vasos, controlando ou evitando a ocorrência de vazamento de líquidos e sangue na retina. Quando já houve uma hemorragia significativa dentro do olho ou descolamento da retina, o tratamento com laser é insuficiente. Nesse caso, é necessária a realização de uma cirurgia chamada vitrectomia, que é a retirada da hemorragia intra-ocular e correção do descolamento da retina.

Os riscos de desenvolver retinopatia diabética aumentam quanto maior o tempo em que o indivíduo convive com o diabetes. Hoje, estudos apontam que 80% das pessoas que tenham sofrido de diabetes por pelo menos 15 anos apresentam algum tipo de lesão nos vasos sanguíneos da retina. É importante saber que um tratamento precoce consegue atrasar o progresso da retinopatia diabética e reduzir o risco de cegueira, no entanto não o exclui completamente. Por isso, é importante prevenir o diabetes, o grande causador de complicações na visão e de outras conseqüências negativas que vão da cabeça aos pés.

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DF tem uma em cada três crianças de 5 a 10 anos acima do peso, diz Saúde

Número supera média nacional, que é de 25,6% para sobrepeso e obesidade.

Crianças de pais obesos têm 80% de risco de também se tornarem obesas.





Uma em cada três crianças entre 5 e 10 anos está acima do peso no Distrito Federal, segundo dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, ligado ao Ministerio da Saúde. O índice é superior à média nacional – 25,6%, ou uma em cada quatro crianças. Os dados colocam o DF em primeiro lugar no ranking ao lado do Rio Grande do Sul (veja tabela ao lado). De acordo com o levantamento, 17,4% dos meninos e meninas nessa faixa etária apresentam sobrepeso e outros 16,4% estão obesos.

A Organização Mundial da Saúde (OMC) relaciona o índice de massa corporal, idade e sexo da criança para determinar o excesso de peso. Meninos e meninas de 9 anos, por exemplo, têm sobrepeso quando o índice é igual ou superior a 19,1 e obesidade quando a taxa é igual ou maior que 22,8.

A especialista em nutrição social e professora da Universidade de Brasília (UnB) Regina de Carvalho afirma que a obesidade infantil é uma tendência que se observa há pelo menos dez anos.

“A ausência de frutas e verduras na alimentação vai do bebê até o idoso. Isso sem contar que os alimentos naturais acabam sendo substituídos por outros já prontos, por questão de praticidade mesmo”, explica.

Além do consumo de alimentos com baixo valor nutricional, ela afirma que a falta de atividades físicas, ansiedade, diminuição do tempo de aleitamento materno e excesso de comida também contribuem para o índice.

"É complicado. Às vezes os pais não concordam com o cardápio das creches e escolas, acham que é pouco e dão algo a mais para a criança levar. Aí o filho não come tudo e acham que ele tem algum problema, está sem apetite."

Para Aline Freitas, mãe de gêmeas de 7 anos, três dos fatores citados ajudam a explicar a obesidade em uma das filhas. Enquanto uma delas tem 1,3 m de altura e pesa 28 kg, a outra mede 1,4 metro e tem 55 kg – quase o dobro da irmã.

"Eu sinto que ela come muito por compulsão, é muito ansiosa. Se a gente combinar de fazer um passeio amanhã, pronto. Ela fica em um estado de ansiedade tão grande que começa a comer e a gente nota que ela não está nem com fome", disse Aline.

O ministério e a OMS [Organização Mundial da Saúde] dizem que obesidade é uma doença crônica não transmissível, mas eu não concordo. É transmissível, sim. Se tem um hábito errado em casa, um transmite para o outro, principalmente para a criança"

Regina de Carvalho, especialista em nutrição social e professora da UnB

Depois que mãe e filhas se mudaram de uma casa para um apartamento, há três anos, a frequência de atividades físicas também fui reduzida. "Hoje em dia, por causa da violência, acaba que as crianças ficam muito presas também. Mas quero encontrar um esporte de que ela goste. [...] Meu cardiologista até disse que dieta a gente acaba falhando, sempre tem uma festa. Mas esporte, se praticado religiosamente, é certeza", diz.

Segundo Aline, o excesso de peso já trouxe sofrimento para a menina. "Uma colega de escola ficou afastando ela do grupo de amiguinhos. Ela até mudou de escola. E também a questão das roupas, que têm que ser mais de adolescente. Ela vê coisa infantil e fica chateada, porque não tem no tamanho dela."

A mãe diz ainda que a menina fica constrangida com o preconceito das pessoas na rua. "Ela passa por tudo que um obeso adulto passa, mas ainda é muito novinha. E, quando briga com a irmã, a primeira coisa que vem é 'sua gorda', mesmo que eu sempre peça para não fazer isso. Isso magoa muito, ela fica muito aflita.”

Risco em casa

De acordo com o Ministério da Saúde, crianças de pais obesos têm 80% de risco de também se tornarem obesas. Quando apenas um dos pais está nessa situação, os riscos caem para 40%. Quando nenhum dos dois é obeso, os filhos têm 10% de chance de ultrapassarem de forma crônica o peso adequado.

"O ministério e a OMS [Organização Mundial da Saúde] dizem que obesidade é uma doença crônica não transmissível, mas eu não concordo. É transmissível, sim. Se tem um hábito errado em casa, um transmite para o outro, principalmente para a criança", afirma a nutricionista Regina.

Para a nutricionista Regina, é necessário que toda a família passe por reeducação alimentar nos casos de obesidade. "Os pais dizem que o filho quer aquele alimento e que não sabem como negar. Mas eu digo: 'Ele não quer não, ninguém nasceu assim. Ele não chupou bala na barriga".

Desde a década de 90 a Organização Mundial da Saúde passou a tratar a obesidade como um problema de saúde pública tão preocupante quanto a desnutrição.

IBGE

A última Pesquisa Nacional de Saúde Escolar, realizada em 2009 e divulgada em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que o principal problema nutricional em adolescentes da 9ª série é o excesso de peso. Ele foi verificado em 23,2% dos quase 60 mil entrevistados em todas as capitais brasileiras.

O estudo também mostrou atitudes inadequadas dos jovens em relação ao peso corporal. Segundo o levantamento, 51,5% das garotas que informaram ter tentado emagrecer estavam dentro do peso normal. O mesmo aconteceu com 29,8% dos rapazes. Além disso, 35,8% das jovens que se achavam muito gordas estavam dentro do peso adequado. A situação se repetiu com 21,5% dos adolescentes.

10 de fevereiro de 2012

CURSO: GERONTOLOGIA APLICADA A NUTRIÇÃO

Gerontologia Aplicada a Nutrição
Palestrante: Profa Dra. Adriana Pederneiras, Nutricionista, Mestre e Doutora em Ciências da Saúde desenvolve esse curso a todos os interessados em descobrir mais sobre essa nova tendência com bastante experiência e excelência na área.
Objetivos do Curso:
  • Aprimorar os conhecimentos em gerontologia a fim de prestar uma melhor assistência nutricional aos idosos contribuindo para a prevenção e recuperação dos distúrbios nutricionais que afetam a terceira idade.
Objetivos Específicos:
  • Identificar as alterações fisiológicas do envelhecimento que afetam a nutrição;
  • Aprofundar os conhecimentos sobre as Recomendações Nutricionais para a terceira idade e intervenções dietoterápicas atuais para idosos saudáveis e aqueles com co-morbidades;
Público Alvo:
  • Estudantes e profissionais de saúde interessados em conhecer as alterações que ocorrem no processo de envelhecimento e a participação da atenção nutricional como um dos itens fundamentais para a qualidade de vida dos idosos.
Módulos:
  • Conceituar senescência e senilidade e as mudanças fisiológicas que ocorrem no processo de envelhecimento
  • Apresentar as ferramentas simples utilizadas na triagem e avaliação nutricional de idosos
  • Avaliação de Consumo Alimentar
  • Nutrigenômica / Nutrição funcional
  • Requerimentos Nutricionais de idosos
  • Carências Nutricionais Específicas na Terceira Idade
  • Interação Fármaco-Nutrientes
  • Suplementação nutricional para idosos - O que precisamos saber?
  • Nutrição Clínica nas afecções do Sistema Digestório, Endócrino, Sistema Imunológico e Metabólico,Osteomuscular e Sistema Renal
Certificado:
  • O Grupedh em parceira com o Cetesi expedirá o Certificado de Curso de Atualização, aos participantes que obtiverem: Freqüência mínima: 75% (Setenta e Cinco por Cento) no curso.
Carga Horária: 30 h/a
Investimento: R$ 180,00
Início e Horário das Aulas: 13, 14 e 15 de Abril – Sexta 19:00 às 23:00, Sábado e Domingo das 09 às 18h.
* Valor com desconto de  10%  até o dia 08/04/2012 .
** Inscrição mediante a confirmação de pagamento até dia 10/04/2012.

                                     VARGAS LIMITADAS
INSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES
CETESI
Tel.: (61) 3351- 4511  
Endereço: Unidade I - C 11 Lote 15 - Taguatinga Centro/ DF 

29 de janeiro de 2012

Obesidade + Diabetes = Diabesidade

Obesidade + Diabetes = Diabesidade

A epidemia mundial de obesidade vai provocar milhões de novos casos de diabetes nas próximas duas décadas. A combinação das duas doenças é hoje o maior desafio da saúde no mundo. Como vencê-lo?

Foi-se o tempo em que a enorme concentração de gordos era motivo de espanto para os brasileiros que viajavam para os Estados Unidos. A obesidade (em todos os graus e formas) está definitivamente entre nós. No Brasil de 1975, 16% da população estava acima do peso ideal.

Hoje são 43%. Esse é um daqueles fenômenos cuja comprovação está ao alcance dos olhos. Passe uma manhã na Praia de Copacabana, na Avenida Paulista ou em qualquer outro cartão-postal do país e conte quantos obesos cruzam seu caminho. O efeito mais evidente da obesidade é estético, aquele que você reconhece de longe. O mais grave é o que você não vê. Ele já ganhou nome: diabesidade. Os obesos de hoje serão os diabéticos de amanhã. Pior que o avanço da obesidade é a epidemia global de diabesidade. O binômio usado para designar a mistura das duas doenças é hoje o maior desafio da saúde pública no mundo. Enfrentá-lo é mais difícil que encontrar uma vacina contra um vírus novo.