30 de janeiro de 2011

Por que há tantas diferenças no custo de medicamentos para o controle da hipertensão?

CUSTO DE MEDICAMENTOS

Por que há tantas diferenças no custo de medicamentos para o controle da hipertensão?

A hipertensão arterial é uma doença muito antiga, na maioria das vezes sem causa aparente, e somente existe graças a um caráter genético; portanto, chamamos de hipertensão primária. Isso significa que não tem cura, mas tem tratamento, que na maioria das vezes aliamos às medidas não farmacológicas, tais como perda de peso, parar de fumar, diminuir o consumo de bebidas alcoólicas e reduzir a quantidade de sal na alimentação. Muitas vezes, quando tomamos todos esses cuidados, mas a pressão arterial não reduz o suficiente para atingir os valores ideais, necessitamos da introdução de medicamentos anti-hipertensivos, isto é, aqueles que podem abaixar a pressão arterial.
A comunidade cientifica nacional e internacional tentam, ao longo dos anos, desenvolver o medicamento ideal para este tratamento, o qual aliaria baixo custo, poucos efeitos colaterais, dose única diária, efeito duradouro nas 24 horas do dia e também proteger o coração, rins, cérebro e outros órgãos afetados pela hipertensão.

Quando a indústria farmacêutica lança um medicamento no mercado, ele passa por várias fases da pesquisa, desde teste em laboratório de pesquisa animal, pesquisa em pequenos grupos de pessoas voluntárias, para depois aumentar a quantidade de pessoas a tomar o medicamento nessa terceira fase, e finalmente ser usado em grande escala mundial. Isso gera grande investimento e tempo para desenvolver tal experimento, que pode levar até 10 anos para a conclusão.
Para cobrir esses custos de investimento, muitos países permitem a patente do produto por 5 ou 10 anos, e somente depois desse período é aprovada a liberação para fabricação de similares e genéricos. Provavelmente aí esteja uma das respostas para a grande diferença dos custos de medicamentos em todo o mundo.
Outra resposta para a diferença está na concorrência de mercado existente no mundo capitalista, no qual os medicamentos mais antigos e com diferentes marcas à venda no mercado geralmente têm menor preço final ao consumidor. Há medicamentos mais baratos para o tratamento de hipertensão, como os diuréticos, beta bloqueadores e vasodilatores diretos, desenvolvidos há muitos anos, mas que muitas vezes perdem em eficiência para medicamentos mais atuais, assim como oferecem menor proteção aos outros órgãos afetados pela doença.
Devemos realçar que não podemos, no tratamento da hipertensão, pensar somente no custo, mas sim controlar efetivamente a pressão e também minimizar seus efeitos deletérios no organismo ao longo dos anos.

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